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O delegado Dênis Cardoso de Brito que estava lotado na delegacia de Porto Alegre do Norte (1.031 km de Cuiabá) e ainda está em estágio probatório foi afastado das funções durante âmbito da operação Capsicum, deflagrada pela Polícia Civil, na manhã desta quarta-feira (22).

Dois mandados de busca e apreensão foram cumpridos, o processo que visa a aferir se a autoridade policial recém-concursado possui aptidão e capacidade suficientes para o desempenho do efetivo.

Conforme a Polícia Civil, as ordens judiciais foram expedidas pela Comarca de Porto Alegre do Norte, com base em investigações realizadas pela Corregedoria da Polícia Civil e são cumpridas nas cidades de Confresa e Goiânia (GO).Dentro da operação, também foi determinado o afastamento do delegado da circunscrição para trabalho na função estritamente administrativa.

As investigações e cumprimento dos mandados contam com apoio da Corregedoria-Geral da Polícia Civil do Estado de Goiás, e da Diretoria-Geral e Diretoria de Interior da Polícia Civil de Mato Grosso. 

Segundo apurado, o delegado de polícia, em estágio probatório, tomou posse de um veículo Toyota Corolla que estava apreendido na Delegacia de Porto Alegre do Norte para se deslocar até o Estado de Goiás, usando placas de outro veículo, cometendo crime de adulteração de sinal de veículo automotor.

Dênis Cardoso de Brito é empresário e foi candidato a vereador em Goiânia (GO), antes de se transferir para Mato Grosso. Ele foi nomeado em novembro do ano passado e tem salário de R$ 33 mil. 

As investigações apuraram ainda que o mesmo policial estaria em posse de um fuzil que não era de sua propriedade, sendo apurado crime de posse ilegal de arma de fogo de uso restrito. Além dessas condutas, é apurado o envolvimento do investigado em outros crimes, bem como em infrações eminentemente administrativas. A operação faz referência ao princípio ativo do gás pimenta, em analogia ao uso progressivo da força.