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Norte Araguaia,27/07/2024

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Gaeco de Mato Grosso cumpre mandados contra15 policiais, 3 advogados, 01 assistente penitenciário e 01 ex-detento

Fonte: AMZ Notícias com G1
Gaeco de Mato Grosso cumpre mandados contra15 policiais, 3 advogados, 01 assistente penitenciário  e 01 ex-detento Foto: Arquivo AMZ
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Vinte suspeitos foram alvos da operação Caixa de Pandora, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) nesta quinta-feira (6), foram identificados conforme documentos obtidos com absoluta exclusividade pelo Folhamax. Entre os alvos que sofreram busca e apreensão constam três advogados, 15 policiais penais, um assistente penitenciário e um ex-detento. 

Todos investigados por participação em esquema que facilitava a entrada de celulares e outros acessórios ilícitos nas unidades prisionais de Cuiabá. Os três advogados são: Elvira Kelli Almeida Cruz, Fabiana Félix de Arruda Souza e Cleberson dos Santos Silva Schmit conhecido como "Binho”.

Já os policiais penais são Reginaldo Alves dos Santos “Peixe”, Revétrio Francisco da Costa, Altamira Martins Brandão, Ronaldo do Carmo Reis, Jorge da Silva Moraes, Márcio Malan Soares Ferreira, Eudes Rodrigo Gonçalves, Paulo Sérgio Coelho Matheus Henrique Pereira Noronha de Oliveira, Nelson Leite da Silva, Luiz Otávio Natalino “Otaviano”, Elton do Nascimento Lima, Sérgio Luiz de Deus Carvalho, Marluce Cristina Pereira da Silva (Policial Penal e Fernanda Arruda Pinheiro, além do assistente penitenciário Ronaldo Reis Gomes da Silva. Ainda é alvo do Gaeco o ex-detento André Magno da Silva.

Os 20 alvos sofreram 43 mandados de busca e apreensão em Cuiabá, Várzea Grande e Cáceres. A advogada Fabiana Felix de Arruda Souza já foi alvo a Operação Apito Final da Polícia Civil por ligações com o Comando Vermelho. A operação foi deflagrada para desarticular um esquema de lavagem de dinheiro criado por integrantes do Comando Vermelho em Cuiabá. Ela chegou a ser presa, mas foi solta em 29 de maio após decisão do juiz da 7ª Vara Criminal, que acolheu um argumento da defesa apontando que a jurista tem um filho pequeno.

Segundo a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), ação do Gaeco incluiu buscas em três unidades prisionais de Cuiabá e Várzea Grande e na sede da Secretaria Adjunta de Administração Penitenciária, tendo servidores como alvos da ação. Conforme a Pasta, o foco das investigações não é a gestão do Sistema Penitenciário e as buscas foram feitas em computadores e equipamentos utilizados especificamente pelos investigados.

A Sesp ressalta que aguarda informações do Gaeco para definição e adoção imediata de medidas administrativas e reforça que não apoia práticas criminosas e desvios de conduta na prestação de serviços à sociedade. Segundo o Gaeco, as ordens judiciais foram expedidas pelo juiz João Bosco Soares da Silva, do Núcleo de Inquéritos Policiais.

O grupo é investigado por promover articulações para garantir a entrada de materiais ilícitos, como aparelhos celulares e acessórios, nas unidades prisionais da Capital, obtendo vantagem econômica ilícita e causando prejuízos à segurança pública dentro e fora do Estado.

Conforme o Gaeco, os elementos probatórios colhidos durante a investigação demonstram que servidores do Sistema Penitenciário ingressaram e/ou facilitaram a entrada de aparelhos celulares e acessórios na Penitenciária Central do Estado, os quais eram utilizados pelos presos. Através dos dispositivos, os detentos praticavam e ordenavam vários crimes extramuros.

Também foi constatado que o ingresso dos aparelhos era facilitado através de advogados, que se valiam da prerrogativa de sua profissão para entregar aparelhos celulares, componentes e acessórios durante visitas aos internos no parlatório. Os quatro advogados investigados tiveram suspenso o direito de exercício profissional por decisão judicial.

As investigações revelaram também que um freezer novo, contendo sinais de violação, foi introduzido na PCE com o objetivo de transportar inúmeros aparelhos celulares em seu interior. A denominação “Caixa de Pandora” é uma metáfora usada para caracterizar ações que, negligenciando o princípio de precaução, desencadeiam consequências maléficas, terríveis e irreversíveis. Veja abaixo os alvos>

1- Reginaldo Alves dos Santos, vulgo “Peixe” (Policial Penal)

2 - Revétrio Francisco da Costa (Policial Penal)

3 - Altamira Martins Brandão (Policial Penal)

4 - Ronaldo Reis Gomes da Silva (Assistente Penitenciário)

5 - Ronaldo do Carmo Reis (Policial Penal)

6 - Jorge da Silva Moraes (Policial Penal)

7 - Márcio Malan Soares Ferreira (Policial Penal)

8 - Eudes Rodrigo Gonçalves (Policial Penal)

9 - Paulo Sérgio Coelho (Policial Penal)

10 - Matheus Henrique Pereira Noronha de Oliveira (Policial Penal)

11 - Nelson Leite da Silva (Policial Penal)

12 - André Magno da Silva (ex-detento)

13 - Elvira Kelli Almeida Cruz (Advogada)

14 - Fabiana Félix de Arruda Souza (Advogada)

15 - Cleberson dos Santos Silva Schmit, vulgo “Binho” (Advogado)

16 - Luiz Otávio Natalino, vulgo “Otaviano” (Policial Penal)

17 - Elton do Nascimento Lima (Policial Penal)

18 - Sérgio Luiz de Deus Carvalho (Policial Penal)

19 - Marluce Cristina Pereira da Silva (Policial Penal)

20 - Fernanda Arruda Pinheiro (Policial Penal)

Nota da SESP - A Secretaria de Estado de Segurança Pública tem conhecimento e apoia a ação do Gaeco, que na manhã desta quinta-feira (06.06) realizou buscas em três unidades prisionais de Cuiabá e Várzea Grande e na sede da Secretaria Adjunta de Administração Penitenciária, tendo servidores como alvos da ação. Vale destacar que o foco das investigações não é a gestão do Sistema Penitenciário e que as buscas foram feitas em computadores e equipamentos utilizados especificamente pelos investigados. A Sesp ressalta que aguarda informações do Gaeco para definição e adoção imediata de medidas administrativas e reforça que não coaduna com práticas criminosas e desvio de conduta na prestação de serviços à sociedade. pessoas capturadas.

NOTA OAB-MT A Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional Mato Grosso (OAB-MT) esclarece que, através do Tribunal de Defesa das Prerrogativas (TDP), está acompanhando a Operação Caixa de Pandora, deflagrada na manhã desta quinta-feira (6), pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), em Cuiabá.

Três advogados foram alvos de mandados de busca e apreensão e não de prisão. Também esclarece que os advogados não têm como, se valendo da prerrogativa da profissão, entregar aparelhos celulares, durante visitas aos internos no parlatório da Penitenciária Central do Estado (PCE), porque, por medida de segurança, não há contato entre as partes e o diálogo entre o profissional da advocacia e o cliente é feito através de um vidro.

Além disso, na entrada da pentienciária é obrigatório passar por scanner, que registra a menor presença de metais e eletrônicos. A OAB-MT externa ainda que, ao deflagrar esta Operação, o Gaeco não cumpriu a legislação (Lei 8.906 - Estatuto da advocacia e da OAB), que preconiza que a Ordem dos Advogados seja informada sobre ações envolvendo advogados com 24h de antecedência.




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