Policial militar de Porto Alegre do Norte tem prisão preventiva decretada após investigação por grilagem de terras

A justiça de Mato Grosso cumpriu na última quinta-feira (22) um mandado de prisão preventiva, amparado pela Lei 12.850, artigo 2, contra o policial militar J. A. F., de Porto Alegre do Norte, envolvido em esquema de grilagem de terras e outras práticas ilícitas. Conforme apurado pelo Olhar Alerta, a medida integra uma investigação que já se arrasta desde março de 2023 e se intensificou com a Operação Asteya, deflagrada em 5 de junho de 2024 pela Polícia Civil da regional de Confresa.
O histórico do caso mostra que no dia 21 de março de 2023, dois policiais militares de Porto Alegre do Norte foram presos em Água Boa sob suspeita de invasão de propriedade rural, acompanhados de outros dois homens que realizavam medições em terras na região da Serrinha.
Os produtores locais agiram para conter os invasores, resultando na prisão do topógrafo pelos populares, enquanto outros suspeitos foram capturados pela Polícia Militar em serviço e pela Força Tática. A Polícia Civil efetuou a prisão dos envolvidos e instaurou inquérito para apurar os fatos, que também serão avaliados pela corregedoria da Polícia Militar.
Em 05 de junho de 2024, a Polícia Civil de Confresa deflagrou a Operação Asteya, visando desmantelar uma organização criminosa atuante em diversas práticas ilícitas, como grilagem de terras, lavagem de capitais e comércio ilegal de armas de fogo.
Segundo as investigações, um policial militar, que havia sido preso em flagrante em 2023 ao tentar grilar terras em Água Boa, foi identificado como um dos líderes do grupo. As investigações indicam que esse esquema movimentou aproximadamente R$ 2 milhões em menos de dois anos, envolvendo ainda ligações com integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
No âmbito dessa investigação, a Polícia Civil cumpriu o mandado de prisão preventiva contra o policial militar J. A. F. A decisão, segundo o judiciário, é medida cautelar para assegurar o andamento das investigações em curso. De acordo com a Polícia Civil, outros mandados deverão ser cumpridos no mesmo contexto investigativo.
O policial está preso nas dependências da Polícia Militar e deverá ser levado para uma unidade prisional militar da capital. Procurado pela reportagem, o 10º Comando Regional de Vila Rica, CR no qual o policial está lotado atualmente, não quis comentar o caso.
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